Porque não basta menstruar e morrer de cólica!
Tem que inchar feito um balão de gás hélio, chorar baldes, litros, tonéis, trocar o sutiã porque os seios triplicam de tamanho, querer matar o mundo e até a própria sombra, surtar no trabalho (em casa, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê), não aguentar ouvir o namorado (mas querer todo o carinho do mundo), viajar na maionese e ainda achar que tem razão, reclamar de dor nas pernas, costas e colo, surtar de enxaqueca, virar um amontoado de espinhas, querer comer o universo em doces e pirar numa coxinha com catupiry.
Eu só sei que né moleza ter o corpo invadido por eles todo mês não, essa variação bombástica, essa mistura explosiva que faz a maioria das mulheres pirar.
(Cara, já fiz tanta merda cega pela TPM que só de lembrar eu morro de vergonha. Assunto censurado para o blog!) – E quem nunca!?
Poderia escrever um livro sobre as cenas loucas que já vivi por conta dessa danada (e que livro grande seria), mas eu estou aqui mesmo é para contar que existe uma luz no fim do túnel! Oh, glória!
Não vou falar nada daquelas dicas prontas e copiadas de site de mulheres que parecem não existir de tão perfeitas – Deus me livre! Porque o que tem do lado de cá são imperfeições e “humanices”, aqui tem de tudo, inclusive, muita vontade de melhorar.
E foi por essa vontade de melhorar que comecei um movimento de mudança, definitivamente, estava insuportável viver um mês dividido entre ataques de tpm, ressaca de tpm, correr atrás dos prejuízos da tpm, restando por essa matemática: uma semana de paz!
Tá doido, cara!? Quem aguenta viver assim?!
Um come, engorda! Grita, pede desculpas! Surta, volta atrás!
Por um mundo com menos TPM e mais qualidade de vida!
Tudo começou com um mutirão: ginecologista (para ver hormônios, pílulas, minha saúde em geral), psiquiatra (para tratar clinicamente das oscilação emocionais) e psicólogo (para tratar desta e de outrassss questões. Terapia é vida #ficaadica).
Anna, a possuída pela TPM!
Parece brincadeira (e hoje até é), mas por muito tempo fui refém desse tormento.
Os tratamentos ajudaram (e ajudam) muito, a maturidade também (aquela maturidade de entender, respirar fundo e lembrar: “Não mata ele não, Anna Sílvia, isso é bobagem de TPM”), e acreditem: A reeducação alimentar vem sendo fundamental para o alívio dos sintomas, principalmente, o ataque aos doces.
Com a reeducação alimentar aprendi a usar os alimentos de uma forma muito bacana e benéfica, os chás para retenção de líquido, as oleaginosas para ajudar na sensação de saciedade, as fibras, as frutas, os sucos, o corpo funciona melhor e num ritmo bom de sentir, sabe! Hoje eu acredito nas funções dos alimentos.
Mas o melhor de tudo, de tudo mesmo, foi entender o consumir com moderação.
Eu piravaaaaaaaaa tentando viver sem comer chocolate. A reeducação me ensinou que eu posso viver com chocolate. Na hora certa, na medida certa! Me ensinou além, ensinou que posso até mergulhar numa piscina de chocolate, assumir o deslize e recomeçar. (Eitaaa, palavra linda: RECOMEÇAR! Até me emociona!)
E nesse último mês tive uma surpresa bem feliz (tapa na cara da Anna Sílvia, pronto, paguei minha língua), surpresa porque eu não acreditava quando ouvia, e hoje (nesse texto mega longo) eu digo com orgulho: Atividade física alivia e muitoooooooo os efeitos da tpm. Acontece uma química no corpo (que eu nunca tive paciência de esperar acontecer) entra hormônio, saí hormônio, transforma hormônio, acontece uma festa no nosso organismo quando a atividade física é contínua e regular. Hoje eu sei que esta festa é real, porque a academia diária me mostrou isso.
Ah, se ainda não viu, veja meu vídeo sobre a comemoração desse nova realidade!
Academia, alimentação balanceada, disposição para mudança, chiclete sem açúcar, gelatina pra ajudar na vontade do doce, chocolate amargo, castanha do Pará, frutas, chá de hibisco pra desinchar, chá de erva cidreira pra acalmar, água (muita água), terapia e cafuné do namorado.
Pronto, receita do alívio dos sintomas da doida da TPM.
Chorar também alivia, mas a gente só não pode se apegar ao choro, porque existe vida além da TPM.
Abraços e Beijos,
Anna
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